terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

DAS MALAS, A MENOR
 
Organizar uma mala de viagem é fácil. Convencer uma mulher a colocar nela somente o necessário é difícil. Muitas mulheres gostariam de colocar rodinhas em seus armários e transportá-los mundo afora, abastecendo-os a cada parada. Sonho a parte, sei que uma mala mal organizada pode atrapalhar muito uma viagem. Eu planejo antecipadamente a organização da minha mala. Escolho as peças (faço combinações), separo-as e as distribuo dentro dela: coloco peças de tecido encorpado embaixo e fino em cima e as deixo esticadas (uso toda a extensão da mala), não faço dobras para evitar volume e amassos, faço alguns rolinhos (amassam menos) e os coloco nas laterais (ganho espaço), uso compartimentos e organizadores para peças íntimas, miúdas e acessórios, sacos em TNT para calçados e nécessaire para produtos de higiene pessoal e banho, maquiagem e remédios. E assim mesmo peco pelo excesso, certa de que estou pecando pela falta. Na última viagem que fiz, cheguei a desejar (rapidamente) não ver minha mala desfilando na esteira do aeroporto. "Instável" e "desequilibrada", balançava de um lado para o outro, a cada deslocamento, como um boneco João Bobo. "Cheinha" já na ida, foi "engordando" mais ao passar dos dias. Assim como as pessoas, as malas também costumam "engordar" numa viagem. Logo comecei a sentir os efeitos do peso excessivo: lentidão, limitações físicas, dores na lombar, cervical E coluna do meio e micos frequentes, como a mala-mula "empacar" na plataforma e não querer "embarcar" de forma alguma no trem, entrando apenas com a intervenção de um passageiro gentil. E como andei muito, quase tudo se tornou inapropriado para uso. E achei bom! Sem me preocupar com exigências, padrões e protocolos, vestia a roupa mais confortável, um uniforme praticamente, e saía... livre e "despida".
Viagem é "bagagem" que não pesa!
Das viagens, a maior. Das malas, a menor.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O ATELIÊ E O QUARTO INFANTIL
 
Em dezembro (mês oficial da organização, lembram?) organizei um ateliê de scrapbooking e um quarto infantil de uma casa. Comecei pelo ateliê. Sabe-se que todo processo criativo pede uma baguncinha. Porém, nada se cria em um espaço que não tem espaço para criar, não é? Na visita de avaliação, a imagem do ateliê bagunçado causou em mim uma desordem interna. Mantive a cara de TUDO-EM-ORDEM-SEM-PROBLEMA, mas confesso agora que na hora pensei: Não vou conseguir, não vou dar conta, empolguei-me, meu Deus, empolguei-me com a indicação da amiga, com o desafio,... E a verdade é que não entendo nada de scrapbooking, só sei que os álbuns são lindos e que o material e a aula são caros (na loja que pesquisei). Passado um minuto de sufoco e cegueira total, olhei ao redor e ideias começaram a brotar imediatamente. Milagre? Não! Observação. E, então, aceitei o desafio. Minha cliente, pessoa disposta e participativa, fez o descarte das peças (muitas peças!). Já mordida pelo bichinho da organização, antecipou-se e iniciou sozinha a categorização. Depois, juntas, agrupamos todas as peças semelhantes (e miúdas!). Tudo foi organizado em caixas e cestas organizadoras, distribuído em gavetas, prateleiras e estantes e identificado. Alguns organizadores e móveis ganharam novas funções, deixando o espaço mais funcional e prático (espero!) e visualmente limpo. Após uma diária e meia (9 horas),eu já estava familiarizada com (quase!) tudo e apegada à fantástica, organizada e produtiva fábrica de scrapbooking.
 
O quarto infantil foi organizado em uma diária (6 horas). Meu pequeno cliente teve participação especial no processo de organização. Como um guerreiro determinado, sem hesitar e resistir ao descarte, desfez-se de tudo que atrapalhava ou poderia atrapalhar suas brincadeiras e tarefas: peças velhas, com defeito, não utilizadas há mais de um ano e que não o interessavam mais. Não satisfeito, ajudou-me também na categorização. Formamos grupos iguais de brinquedos, jogos e materiais que foram organizados em caixas organizadoras, gaveteiros, prateleiras e outros organizadores disponíveis e, até então, sem utilidade. E, para finalizar, identifiquei (com etiquetas) tudo, satisfazendo o desejo do menino.
 
Para Dada, amiga amada. Obrigada por mais uma indicação!
Para Fabi, a mãe. Obrigada pela confiança e colaboração! Seu trabalho é lindo! (www.fabiscrapbooking.blogspot.com)
Para Pedro, o filho. Você é incrível!!!