domingo, 22 de novembro de 2015

O QUE APRENDI COM A ORGANIZAÇÃO

1- Ter menos, bem menos coisas.
2- Avaliar o que tenho e compro: necessidade ou vaidade?
3- Usar tudo o que tenho. Não necessariamente TUDO AO MESMO TEMPO AGORA.
4- Não guardar botões. Botão bom é botão imaginário. Aqueles com que falo.
5- Planejar minhas compras e meus gastos. E, quando possível, evitá-los ou diminuí-los. O planejamento é minha resposta ao impulso consumista que, sim, bate à porta, vez ou outra.
6- Não desperdiçar: roupa, comida, espaço, tempo, dinheiro e meu vocabulário, tentando convencer alguém a descartar o que PODE e DEVE ser descartado. Descarte, desgaste? Não, definitivamente!
7- Não faz sentido organizar o que não faz sentido guardar.
8- Abrir espaços e assim deixá-los: A-B-E-R-T-O-S. Deixar livre, deixar respirar.
9- Na organização, TUDO JUNTO E MISTURADO não orna. Categorização, orna.
10- Facilitar a visualização de todas as coisas. Preciso ver para usar. O que não é visto, não é lembrado e não é usado.
11- Dar nova função a peças quase descartadas, transformando-as em potenciais organizadores.
12- Caixas organizadoras são grandes aliadas da organização. Mas, para mim, a melhor caixa organizadora de lembranças é minha memória. Guardo todas na cachola.
13- Armário cheio não preenche vazio existencial.
14- Organizar é preciso. Manter a organização, eu preciso.
15- Organizar o presente, somente o presente e nada mais que o presente.

"A beleza, a limpeza e a ordem ocupam uma posição especial entre as exigências da civilização. Ninguém procurará colocá-las em segundo plano, como se não passassem de trivialidades."  

domingo, 16 de agosto de 2015

EU SEMPRE TENHO O QUE VESTIR

Já escrevi aqui: Organizei meu armário e ele me organizou. Tenho um armário que me serve. Ele é o meu número. O que tenho cabe em mim, no meu dia a dia e orçamento, também. Não conto as peças. Mas, acredito ter hoje o equivalente ao que tinha antes sem uso, apenas. Tive muito, usava pouco, quase nada. Abria as portas do meu armário e, numa burra indecisão e com humor que balançava entre bege e fúcsia, pegava e vestia a roupa já promovida a uniforme e saía, acreditando que não tinha o que vestir. Nunca fiz dívidas. Mas, no auge do consumo louco, sonhei que fui presa por contrabando de blusinhas. Pode isso, Freud? Hoje, pessoa consciente/consumo consciente, faço a conta: boas aquisições + boas combinações + armário organizado = eu feliz! Manter o armário organizado facilita a visualização, identificação e escolha de todas as peças. Sobra espaço quando não há coisas sobrando. E a aquisição é boa quando rende, por tempo indeterminado, boas combinações. Inclusive, roupa de casamento, que - sim, aceito! - usar em outras ocasiões. Vestir-me, hoje, é prática espontânea. Não faço mais catálogo para consulta de todas as combinações, como contei que fazia no post SANTO(A) DE CASA FAZ MILAGRE! Às vezes, não quero usar nada do que tenho. Mas, EU SEMPRE TENHO O QUE VESTIR. E não marco mais data para usar uma roupa. Nada de pendurá-la num cabide de ouro e guardá-la para um evento especial. Evento especial é a vida! É ela que nos veste (e despe) diariamente, por fim.

sábado, 1 de agosto de 2015

CARNAVAL (FORA DE ÉPOCA) DA ORGANIZAÇÃO

No maior espetáculo da ordem, sigo o trio: descarte-organização-manutenção. Aqui, o bloco da organização, sob chuva de confetes, sai o ano inteiro. E durante o circuito eu, cabrocha às avessas, oscilo entre folia e cinzas. Sem recuo, porém. Há alguns carnavais reduzo, numa bateria de descartes, a quantidade de adereços e fantasias que desfilam no meu lar alegórico. O que fica, é destaque. Sigo o enredo: A organização me organizou. Já tive pouco, já tive muito. Hoje, sem me deixar levar como baiana faceira pelo samba do consumo doido, tenho o necessário. Conjunto 10, nota 10. E nessa alegoria, mantendo a harmonia, da comissão de frente para a cozinha, passando por mestre-sala e porta-banheiro à última ala-quarto, a organização faz seu desfile, sem notas no final. Evoluindo, apenas...   

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O ERRO NO DESCARTE

Quantas coisas você descartou hoje? E quantas pessoas? Vejo, com frequência, na prática: para o descarte de coisas, há resistência e indecisão. Para o de gente, basta oposição. Confere? Confesso: já quis "descartar" gente que se opôs ao descarte. Nem imposição, nem oposição. Longe de ser uma Monja, aprendi a ser assertiva. "Mas, TEM QUE descartar?", perguntam-me. - Não!, respondo-lhes. "TEM QUE" não é critério para o descarte. Para nada, aliás. "TEM QUE" inibe qualquer ação. Na vida. Em um dia, pode-se juntar um grande volume (morto!) de coisas, que gostam de estar em "bando". Leva-se pouco tempo para acumular coisas e uma eternidade para se desfazer delas. Não adie a tarefa! Para não TER QUE, num processo penoso, descartar "tudo ao mesmo tempo agora". Deixa ir! Tira essa pedra do sapato da organização! Muitas vezes, o descarte afetivo já foi feito. Tanto que, há muito tempo, as coisas habitam a gaveta do abandono e do esquecimento. O que os olhos não veem, o coração já descartou. Por que, então, manter apenas a posse da coisa física? Pela posse, propriamente dita, talvez. Mas, se a pessoa se sente impossibilitada de fazer o descarte, quem possui quem, afinal?       

quarta-feira, 17 de junho de 2015

SENHORAS E SENHORES - ORGANIZAÇÃO PARA IDOSOS

Da infância à velhice, organização é prevenção. De acidentes domésticos, inclusive, frequentes na velhice. Para evitá-los, remédio sem contraindicações há: organização, em doses diárias. Mudanças e adaptações no espaço físico são necessárias, também. E simples, muitas vezes. ATENÇÃO: a superdose pode transformar o lar numa residência de segurança máxima, "armada" do chão ao teto com acessórios e equipamentos, que garantem a acessibilidade (não dos preços, altos) e a segurança, mas ferem seu estilo e sua "cara", "desfigurando-a", como plástica mal feita. Casa não é quartel. Segurança e estilo (gosto) pessoal devem ocupar todos os cômodos, igualmente e "amigavelmente". E a pessoa idosa quer e precisa, sempre que possível, ser ouvida, informada, envolver-se, comprometer-se e se responsabilizar por todo o processo de escolhas e transformações. A organização da sua residência e do seu dia a dia é indispensável para preservar a sua autonomia, independência, o ir e vir seguro, conforto e a vida com qualidade. "Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém."

domingo, 7 de junho de 2015

ACERTO DE CONTAS

Crise econômica, inflação, desemprego, contenção de gastos, corte no orçamento (e nos pulsos!),... Variações do mesmo tema, indigesto. "Controle os pequenos gastos", dizem os especialistas. Mas, meus gastos já são pequenos! Alta geral dos preços: luz sobe, água sobe, condomínio sobe, batata e tomate sobem,... E a renda cai. A fatura chega. Abro o envelope: ASSALTO! Cadê o dinheiro que estava aqui? Faço as contas. Tornei-me "refém" da calculadora. Números são "bandidos impiedosos".  "Roubam" meu sono e minha saúde, inclusive. E essa conta, quem paga? Voltando à real, aos reais. Faço meu planejamento na agenda. Nela, anoto TODAS as minhas despesas. Divido-as em 4 grupos: mensais/fixas, anuidades, pessoais e extras. À parte, anoto TODOS os gastos do dia, para controlá-los e diminuí-los, mês a mês. É assim que a banda toca, tentando não desafinar. Sustos múltiplos, contas pagas. E o lazer? No SUPERMERCADO. Como "abocanha" parte do orçamento, aproveito minha ida semanal à nova balada para socializar, paquerar, ouvir música (qualidade varia), degustar comidinhas novas (qualidade varia) e aprender, em uma aula prática, a abrir sacola de plástico. Paga pra ver? Bons tempos em que os envelopes traziam cartas de amor e de amigos.   

domingo, 24 de maio de 2015