sexta-feira, 26 de junho de 2015

O ERRO NO DESCARTE

Quantas coisas você descartou hoje? E quantas pessoas? Vejo, com frequência, na prática: para o descarte de coisas, há resistência e indecisão. Para o de gente, basta oposição. Confere? Confesso: já quis "descartar" gente que se opôs ao descarte. Nem imposição, nem oposição. Longe de ser uma Monja, aprendi a ser assertiva. "Mas, TEM QUE descartar?", perguntam-me. - Não!, respondo-lhes. "TEM QUE" não é critério para o descarte. Para nada, aliás. "TEM QUE" inibe qualquer ação. Na vida. Em um dia, pode-se juntar um grande volume (morto!) de coisas, que gostam de estar em "bando". Leva-se pouco tempo para acumular coisas e uma eternidade para se desfazer delas. Não adie a tarefa! Para não TER QUE, num processo penoso, descartar "tudo ao mesmo tempo agora". Deixa ir! Tira essa pedra do sapato da organização! Muitas vezes, o descarte afetivo já foi feito. Tanto que, há muito tempo, as coisas habitam a gaveta do abandono e do esquecimento. O que os olhos não veem, o coração já descartou. Por que, então, manter apenas a posse da coisa física? Pela posse, propriamente dita, talvez. Mas, se a pessoa se sente impossibilitada de fazer o descarte, quem possui quem, afinal?       

quarta-feira, 17 de junho de 2015

SENHORAS E SENHORES - ORGANIZAÇÃO PARA IDOSOS

Da infância à velhice, organização é prevenção. De acidentes domésticos, inclusive, frequentes na velhice. Para evitá-los, remédio sem contraindicações há: organização, em doses diárias. Mudanças e adaptações no espaço físico são necessárias, também. E simples, muitas vezes. ATENÇÃO: a superdose pode transformar o lar numa residência de segurança máxima, "armada" do chão ao teto com acessórios e equipamentos, que garantem a acessibilidade (não dos preços, altos) e a segurança, mas ferem seu estilo e sua "cara", "desfigurando-a", como plástica mal feita. Casa não é quartel. Segurança e estilo (gosto) pessoal devem ocupar todos os cômodos, igualmente e "amigavelmente". E a pessoa idosa quer e precisa, sempre que possível, ser ouvida, informada, envolver-se, comprometer-se e se responsabilizar por todo o processo de escolhas e transformações. A organização da sua residência e do seu dia a dia é indispensável para preservar a sua autonomia, independência, o ir e vir seguro, conforto e a vida com qualidade. "Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém."

domingo, 7 de junho de 2015

ACERTO DE CONTAS

Crise econômica, inflação, desemprego, contenção de gastos, corte no orçamento (e nos pulsos!),... Variações do mesmo tema, indigesto. "Controle os pequenos gastos", dizem os especialistas. Mas, meus gastos já são pequenos! Alta geral dos preços: luz sobe, água sobe, condomínio sobe, batata e tomate sobem,... E a renda cai. A fatura chega. Abro o envelope: ASSALTO! Cadê o dinheiro que estava aqui? Faço as contas. Tornei-me "refém" da calculadora. Números são "bandidos impiedosos".  "Roubam" meu sono e minha saúde, inclusive. E essa conta, quem paga? Voltando à real, aos reais. Faço meu planejamento na agenda. Nela, anoto TODAS as minhas despesas. Divido-as em 4 grupos: mensais/fixas, anuidades, pessoais e extras. À parte, anoto TODOS os gastos do dia, para controlá-los e diminuí-los, mês a mês. É assim que a banda toca, tentando não desafinar. Sustos múltiplos, contas pagas. E o lazer? No SUPERMERCADO. Como "abocanha" parte do orçamento, aproveito minha ida semanal à nova balada para socializar, paquerar, ouvir música (qualidade varia), degustar comidinhas novas (qualidade varia) e aprender, em uma aula prática, a abrir sacola de plástico. Paga pra ver? Bons tempos em que os envelopes traziam cartas de amor e de amigos.